quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Morfologia do Sistema Cardiovascular RESUMO (Parte 2)

Visão geral circulação:  sistêmica (Grande Circulação) e Pulmonar ( Pequena Circulação)


  • Veia Cava superior (VCS):  é formada pela fusão das veias braquiocefálicas direita e esquerda, na porção superior do mediastino médio, recebendo, portanto a drenagem venosa da cabeça, pescoço, membros superiores e caixa torácica.
  • Veia Cava Inferior (VCI): é um vaso de grande calibre que drena o sangue proveniente dos membros inferiores, grande parte do dorso e das paredes dos conteúdos das regiões abdominais e pélvicas.

Débito Cardíaco (DC)
  • Quantidade de sangue ejetado por minuto.
  • DC=  VS (volume Sistólico) x FC (Frequência Cardíaca)
  • Homens Saudáveis  e jovens (repouso) 5,6 L/min
  • Mulheres Saudáveis e jovens (repouso) 4,9 L/min
  • Em adulto Saudáveis (repouso) 5 L/min 
Determinantes do Desempenho Ventricular
Volume Sistólico (VS): é o volume de sangue que o coração ejeta a cada batimento. Esse volume ejetado no coração varia em torno de 70 ml (mililitros).


  •  Pré- Carga: corresponde a pressão sanguínea ( que chega ao coração) e a volume de enchimento ventricular. Lembrando que também é conhecido como quantidade de sangue que entra no ventrículo, sendo assim, está relacionada com volume de sangue no ventrículo antes da sístole. A pré- carga elevada  indicar possíveis insuficiências cardíacas ou hipervolemia. Já a pre- carga diminuída indica uma hipovolemia. 

                          Fatores que aumentam a pré- carga: Constrição venosa, Contração Muscular Ingestão de líquidos, posição de Trendelenburg ( posição em que a cabeça está em um nível mais baixo que as pernas), Transfusão de sangue, albumina.
                                                                  
                          Fatores que diminuem a pré- carga: Diuréticos, Flebotomia (causa sangramento desidratação, dilatação venosa ( estocando sangue em periferia) e aumento da pressão intratorácica.           

  • Pós- Carga: Corresponde a tensão que a parede do ventrículo faz contra a resistência encontrada pelo sangue para deixar o coração durante a sístole. Lembrando que a pós- carga é  influenciada pela pressão aórtica, e diastólica, complacência do sistema arterial, resistência vascular periférica, volume de sangue circulante, a integridade da valva aórtica. 
                        
        Fatores que aumenta a pré- carga: estenose aortica, vasoconstrição, hipertensão, epinefrina noraepinefrina.
                    
        Fatores que aumenta a pós- carga: anti- hipertensivos (inibidores de ACE e α- adrenégico antagonistas).
                          
  • Contratilidade: é a força ou capacidade de contração do miocárdio, tendo influencia  por medicamentos, balanço eletrolítico, volume de fluidos corporais, entra outros.                  
                     
   Fatores que aumentam a contratilidade: Estimulação simpática (receptores β-1),hipercalcemia hipertireoidismo, medicamentos inotrópicos positivos ( Digitalis, Dobutamina).

    Fatores que diminuem a contratilidade: hipocalcemia, inibidores de β-1.


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Morfologia do Sistema Cardiovascular (RESUMO) parte 1

Homeostase: o termo foi criado por Walter Cannon, para indicar um estado e equilíbrio da parte interna, independente das alterações que ocorrem no meio externo.

Fisiologia: É o estudo  do organismo e sus funções.

A suas funções desse sistema são:
*Transporte de nutrientes absorvidos pelo trato gastrointestinal para o resto do corpo.
* Defesa contra agentes patogênicos, permitindo a ação de processo imuno- celulares  desempenhados pelo sangue por todo organismo e coagulação sanguínea.
* Transporte de hormônios e produtos metabólicos de uma parte do corpo para a outra.
* Transporte de produtos de excreção das células ou órgãos onde são formadas para os órgãos excretores.

Tipos de válvulas:
* Válvula bicúspide ou mitral:  ou atrioventricular esquerda, ela regula o fluxo do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo e possui 2 folhetos.
* Válvula Tricúspide: ou atrioventricular direita, regula o fluxo do átrio direito para o ventrículo direito.
* Válvula pulmonar: regula fluxo ou veia pulmonar para o átrio esquerdo.
*Válvula aórtica: regula fluxo do ventrículo direito para as artérias pulmonares.

OBS: valva pulmonar e aórtica: semilunares são elas que controlam a saída do sangue para fora dos ventrículos; já a valva bicúspide e Tricúspide: atrioventriculares eles impedem o refluxo sanguíneo dos ventrículos para o átrios. 

Por: Érika Araújo

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Fisiologia da respiração




Chamamos de respiração a retirada de oxigênio do ar atmosférico seu transporte à celular, somada ao processo inverso- retirada de dióxido de carbono dessa mesma célula e seu transporte para atmosfera.

A respiração esta dividida em 3 partes: 

1) Ventilação Pulmonar:  O ar que chega aos pulmões já foi filtrado , as partículas menores ficam presas no muco, a rede vascular aquece esse ar, e as glândulas serosas umedecem o ar.

2)Trocas gasosas: transferência de oxigênio e gás carbônico pela membrana alveolar. 

3)Transporte de gases: o gás difunde-se do sangue para as células e das células para o sangue.

Na inspiração ocorre a expansão do tórax com diminuição da pressão dentro cavidade torá-
cica, onde o ar penetra nos pulmões. Na expiração, a cavidade torácica diminui de volume, a pressão interior aumenta e o ar vai para o exterior.




              Resultado de imagem para fisiologia da respiração- inspiração e expiração       

Fig 7.4: Fisiologia da Respiração- Inspiração e expiração


VIA: Editora Erica- Anatomia e Fisiologia Humana- Nivea Cristina Moreira Santos- 2ª Edição.




quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Método DOMAN-DELACATO

 O MÉTODO DOMAN-DELACATO PARA CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS 

O método Doman-Delacato (cujo nome é devido a seus dois principais teóricos, Glenn Doman e Carl Delacato) foi elaborado no decorrer dos anos 50 e 60 nos Estados Unidos, pela equipe do Institute for the Achievement of Human Potential (Instituto para o Desenvolvimento do Potencial Humano), localizado na Filadélfia. No Brasil, o Instituto atua por meio do Centro de Reabilitação Nossa Senhora da Glória, no Rio de Janeiro, fundado em 1959. Há ainda diversas instituições que aplicam os métodos do Instituto ou similares na Dinamarca, na Itália, no Japão, no México e na Espanha, entre outros.

 O método Doman-Delacato está voltado principalmente para a educação de crianças com lesão cerebral. Crianças, porque considera-se que elas possuem maior plasticidade cerebral e, portanto, um melhor prognóstico em relação a melhoras que indivíduos com idade mais avançada (VERAS, 1989). Quanto ao fato de o método voltar-se apenas para a lesão cerebral, é importante esclarecer que, para o Instituto, lesão cerebral é um diagnóstico amplo que engloba uma grande variedade de casos que comumente são considerados como de deficiência física ou mental. De acordo com o Instituto, são lesões cerebrais as seguintes condições: paralisados cerebrais, crianças com necessidades especiais, autistas, disléxicos e crianças com síndrome de Down, entre outros. Dessa maneira, na medida em que o método Doman-Delacato busca possibilitar às crianças com deficiências superar suas dificuldades, é pertinente compreendê-lo como um método voltado para a educação especial (DOMAN, 1980).

 O marco teórico desse modelo de intervenção em educação especial está centrado no princípio da organização neurológica (LEWINN, 1969). De acordo com esse princípio, para que se possam instalar os processos comportamentais superiores que caracterizam indivíduos sadios, torna-se necessário que a criança passe com sucesso por etapas iniciais de desenvolvimento regidas por porções primitivas do cérebro humano: num primeiro momento, o bulbo raquiano e medula espinhal, posteriormente, a ponte cerebral, o mesencéfalo e partes distintas do córtex cerebral, até que o córtex requintado seja ativado e as diversas capacidades e habilidades individuais possam manifestar-se em níveis avançados. Essa convicção de que o desenvolvimento do indivíduo humano recapitula o desenvolvimento da espécie (ontogênese recapitula a filogênese) é um dos pilares da perspectiva de Doman e Delacato. A lesão cerebral, nessa perspectiva, age obstruindo vias sensoriais ou motoras, cessando o desenvolvimento da criança no que tange às funções prejudicadas pela lesão, e assim impedindo o surgimento pleno de funções superiores, intelectuais ou motoras (dependendo do tipo da lesão) (DOMAN, 1980). No entanto, se for realizada uma intervenção que possibilite algum tipo de reorganização de caráter neurológico, o processo de desenvolvimento pode retomar seus rumos e eventualmente o indivíduo com cérebro lesado apresentará melhora significativa em sua condição, podendo inclusive atingir a normalidade (DELACATO, 1963; DOMAN, 1980; VERAS, 1989).

Para efetuar o diagnóstico de crianças ditas com lesão cerebral foi criado o Perfil de Desenvolvimento, uma grade que relaciona sete estágios neurológicos pelos quais passa o desenvolvimento humano – diferenciados quanto às partes do sistema nervoso que controlam predominantemente as funções humanas em cada estágio - com a expressão de seis capacidades consideradas chaves. Três dessas capacidades constituiriam as capacidades sensoriais humanas (capacidade visual, capacidade auditiva, capacidade tátil) e, as outras três, as capacidades motoras (mobilidade, linguagem e capacidade manual). Ler, compreender, sentir, andar, falar e escrever, segundo a perspectiva de Doman e Delacato, são estágios avançados dessas seis capacidades humanas (DOMAN, 1980). 

Os profissionais que se utilizam do método da organização neurológica verificam em que grau cada criança apresenta essas capacidades, e podem assim verificar em que estágio neurológico ela se encontra. De posse desses dados, torna-se então possível elaborar um programa de atividades específico para a criança que lhe permitiria compensar o atraso no desenvolvimento e estimular as partes necessárias de seu cérebro com maior freqüência, intensidade e duração em relação ao que a criança realiza normalmente, a fim de que ela supere sua deficiência (DOMAN, 1980). 

As atividades que compõem esses programas visam trabalhar as seis capacidades mencionadas. As crianças são postas a rastejar, deslizar, são apresentadas a estímulos variados de ordem visual, tátil e auditiva, e assim por diante. Algumas dessas atividades são características de estágios mais primitivos (como por exemplo, arrastar-se no chão), enquanto outras só são possíveis em etapas mais avançadas (como utilizar o braqueador, isto é, dependurar-se nos degraus de uma escada disposta horizontalmente a uma certa altura do chão) (DOMAN, 1980; VERAS, 1989).

 Uma das atividades que é marca distintiva do método Doman-Delacato denomina-se padronização. Trata-se de uma técnica que busca estimular aspectos motores da criança, fazendo-a adquirir padrões corretos de movimentos de engatinhar para que seu cérebro possa desenvolver-se corretamente. Durante a padronização, a criança é deitada em uma maca e cerca de três adultos coordenam os movimentos de seus braços, pernas e cabeça de modo a imitar formas de engatinhar. A aplicação da técnica é justificada ao afirmar que movimentos passivos realizados pela criança podem estimular o desenvolvimento cerebral, e assim promover o que se chama de organização neurológica (DOMAN, 1980; VERAS, 1989). 

Uma outra característica importante a ser apontada referente ao método Doman-Delacato é o fato de que os programas a serem realizados pelas crianças são extremamente duradouros e trabalhosos, muitas vezes tendo que ser aplicados em tempo integral por mais de um adulto – como é o caso da padronização. No livro em que explica as características essenciais do método, Doman (1980) traz um exemplo de um programa que deveria ser executado diariamente das 8 horas e 45 minutos da manhã às 9 horas e 20 da noite, de maneira ininterrupta. Se programas desse tipo tivessem que ser executados apenas por profissionais dos Institutos, poucas crianças poderiam ser atendidas e os custos para os pais seriam muito altos. Por essa razão, no método os pais das crianças com deficiências são treinados para realizarem os programas em suas próprias casas. Trata-se de uma tarefa árdua para os pais, que em muitos casos passam a viver integralmente para seus filhos, inseridos numa rotina cansativa que exige muito deles e de suas crianças (VERAS, 1989). 

Por fim, cabe mencionar o objetivo terminal das intervenções com o método Doman-Delacato. A meta do tratamento é expressa de forma simples: a cura completa da condição deficiente da criança; a normalidade. A princípio poder-se-ia pensar que essa meta significa fazer com que a criança apresente ações compatíveis com os demais de sua faixa etária. Como Veras (1989) afirma de forma clara, não se trata de promover somente uma maior adaptação da criança em relação ao meio ou aumentar um pouco o grau em que se apresentam suas habilidades, mas curá-las por inteiro. Assim, por exemplo, crianças com síndrome de Down que fossem submetidas ao método Doman-Delacato com sucesso deveriam curar-se da síndrome, tornandose ex-mongolóides. De fato, Veras menciona o caso de uma aluna do Centro de Reabilitação que “[...] ex-mongolóide, agora é como uma moça normal”

VIA:O método Doman-Delacato no contexto da Educação Especial Ensaio